sábado, 31 de julho de 2010
O maravilhoso pecado
Como um enigma pronto a ser decifrado
Como uma delicia pronta a ser devorada
Com um sabor sem igual
Chega com um cheiro suave e vibrante
Escondendo sua faceta fedida e contagiante
Chega com uma voz doce e desejável
Escondendo a perversidade nem um pouco maleável
Nunca se apresentará como o mal
Sempre será belo, atrativo e racional
Mas depois que te cativa
Torna-se aprisionador, destrutivo e infernal
Fé equivocada
Fé do grego pistia e do latim fides: Entedemos que é a firme convicção de que algo seja verdade, sem nenhuma prova de que este algo seja verdadeiro, mas pela absoluta certeza de existência que depositamos neste algo ou alguém. (Hb 11 paráfrase)
Esta convicção se relaciona de maneira unilateral com os verbos acreditar, confiar ou apostar, isto é, se alguém tem fé em algo, então acredita, confia e aposta (usado assim por Agostinho) nisso, mas se uma pessoa acredita, confia e aposta em algo, não significa, necessariamente, que tenha fé. A diferença é que ter fé é nutrir um sentimento profundo de afeição, ou amor ardente pelo que acredita e confia, depositando assim o curso de sua vida ao recebedor de sua fé.
Então é um grande equivoco pensar em fé como auto satisfação ou forma de elevação de seu ego, a fé é voltada à Deus. Ele é nosso alvo de amor e devoção, Deus é pura fé enactante (fé em ação). Todos nós somos alvo da fé de Deus, pois Ele não entra em conflito com suas verdades, Ele ama você e crê que é sal da terra e luz do mundo. (MT 5:14-16) Ele mandou seu filho para morrer em seu lugar.(Jo 3:16)
Fé equivocada é aquela que vive em constante conflito a Deus, fazendo da verdade divina uma mentira real. É aquela que se inclina a corroer os conceitos bíblicos tentando provar que as verdades da palavra de Deus não passam de fabulas antigas. É aquela que produz apatia espiritual e se distanciam da gloria do conhecimento de Deus.
Fé equivocada é aquela que vive alheia ao conhecer a verdade (Jo. 8:32) e é levada por qualquer verdade contrária a Deus e não medita na palavra em todos os momentos, (Js. 1:8) mas transforma as inverdades do mundo em suas convicções. É aquela que vislumbra a Deus somente na esfera metafísica não na enactância diária.
Fé equivocada é aquele, que valoriza o emocional e despreza o espiritual, nas tentativas de práticas mais diversas de culto ao Deus altíssimo. É aquela que em meio aos antropomorfismos (maneira humana de falar das coisas) da cristandade esquece de quem merece o louvor. É aquela que pensa em oração como mecanismo de petição somente.
A fé de Jesus o levou a cruz para resgate de todos nós, (Jo. 10:10) você já é capaz de através da fé ser um instrumento para resgate da vida de outras pessoas?
O que é teologia?
No cristianismo, isso se dá a partir da Bíblia. O teólogo suíço Karl Barth definiu a Teologia como um "falar a partir de Deus". O termo teologia foi usado pela primeira vez por Platão, no diálogo A República, para referir-se à compreensão da natureza divina de forma racional, em oposição à compreensão literária própria da poesia, tal como era conduzida pelos seus conterrâneos. Mais tarde, Aristóteles empregou o termo em numerosas ocasiões, com dois significados:
Teologia como o ramo fundamental da filosofia, também chamada filosofia primeira ou ciência dos primeiros princípios, mais tarde chamada de Metafísica por seus seguidores;
Teologia como denominação do pensamento mitológico imediadamente anterior à Filosofia, com uma conotação pejorativa, e sobretudo utilizado para referir-se aos pensadores antigos não-filósofos (como Hesíodo e Ferécides de Siro).
Agostinho tomou o conceito de teologia natural da obra Antiquitates rerum humanarum et divinarum, de M. Terêncio Varrão, como única teologia verdadeira dentre as três apresentadas por Varrão: a mítica, a política e a natural. Acima desta, situou a Teologia Sobrenatural (theologia supernaturalis), baseada nos dados da revelação e, portanto, considerada superior. A Teologia Sobrenatural, situada fora do campo de ação da Filosofia, não estava subordinada, mas sim acima da última, considerada como uma serva (ancilla theologiae) que ajudaria a primeira na compreensão de Deus.
Teodicéia, termo empregado atualmente como sinônimo de teologia natural, foi criado no século XVIII por Leibniz, como título de uma de suas obras (chamada Ensaio de Teodicéia. Sobre a bondade de Deus, a liberdade do ser humano e a origem do mal), embora Leibniz utilize tal termo para referir-se a qualquer investigação cujo fim seja explicar a existência do mal e justificar a bondade de Deus.
Na tradição cristã (de matriz agostiniana), a Teologia é organizada segundo os dados da revelação e da experiência humana. Esses dados são organizados no que se conhece como Teologia Sistemática ou Teologia Dogmática.
A teologia é fortemente influenciada pelas mais diversas religiões e, portanto, existe a teologia budista, a teologia islâmica, a teologia católica, a teologia mórmon, a teologia protestante, a teologia umbandista, a teologia hindu, e outras.
Fonte: Adoniran Melo e Wikipedia
País não faz teologia, homens fazem teologia.
Toda a base do pensamento teológico brasileiro pode ser decodificado em sua genesis. Nossa leitura teológica é importada, posso até dizer como muitas outras impressões e leituras globais também são, mas se pensarmos em teologia a brasileira, herança genética ou herança simbólica e com base de influências comportamentais cognitivas, não podem ser descartadas, pois ainda hoje ansiamos pelo dialogo e respeito mutuo entre as pessoas, como aqueles oprimidos que lutavam pelo dialogo e respeito mutuo no período colonial que desencadeou o sincretismo quilombola com base em uma mística importada e já bem latente entre os autóctones.
Continuamos não tendo uma concepção bem formada acerca de uma teologia brasileira. Vai ver que, no fundo, no fundo esta idéia é um pouco absurda, pois pense bem. Não existe este negócio de teologia alemã, teologia norte-americana. Existem teólogos alemães, teólogos norte-americanos, então a teologia brasileira são os pensadores brasileiros que as constroem e a configuram dia após dia, mas claro, como um bom brasileiro poderosamente influênciados pelos teólogos que estiveram aqui ou ainda estão aqui através de suas interpretações hermenêuticas
Fonte: Adoniran Melo
Teologia Brasileira
Todas as pessoas no mundo inteiro concordam que o Brasil é de uma diversidade cultural gigantesca, uma diversidade que permeia o país de norte a sul. Quando pensamos na relação cultura teologia sabemos que uma esta inserida na outra. Quando estive na África pude perceber claramente esta relação, no balanço dos cultos em diversas cidades que visitei e inúmeras igrejas, mas em todas um só ritmo e um só entusiasmo, pude perceber uma relação contagiante entre estas idéias, identifiquei isso também em uma colônia japonesa no Pará, duas culturas diferensissimas, mas que servem como uma boa analogia para entendermos o papel fundamental da identidade teológica de cada povo.
A grande questão é esta. Como perceber esta relação cultura teologia no Brasil se nós absorvemos muitas diferentes maneiras de ver o mundo e conseqüentemente suas culturas e maneiras de ver o mundo? Nasci e passei a maior parte de minha vida no norte do Brasil, fiz viagens de barco, canoa, pau de arara e a pé, cheguei ao sul e posso ver claramente as diferenças entre o norte e o sul do Brasil e em função desta experiência, nasce outra questão importante. A teologia que é produzida no norte é a mesma que é no sul? Já que esta relação, teologia e cultura é bem evidente na formação do teólogo de qualquer lugar do mundo, será que temos também diferenças entre o sul e o norte do Brasil?
Fonte: Adoniran Melo
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